O principal problema com o álcool não é o número de calorias que ele contém, mas sim a quantidade de efeitos no metabolismo. Um recente estudo, por exemplo, mostrou que até em pequenas quantidades o álcool tem um grande impacto no metabolismo.
Neste estudo a oito homens foram dados dois drinks de vodka e limonada separados em 30 minutos. Cada drink continha menos de 90 calorias. O metabolismo foi medido antes e depois do cosumo dos drinks. Por varias horas após beber a vodka o oxidação de lipídios no corpo inteiro (uma medida de quanto de gordura seu corpo está queimando) caiu em 73%.
A razão do porque que o álcool tem este dramático efeito no metabolismo tem a ver com o jeito que o álcool é metabolizado pelo organismo. Quando o álcool é consumido, ele passa rapidamente do estômago e intestinos e caindo na corrente sanguínea vai para o fígado. No fígado, uma enzima chamada álcool desidrogenase media a conversão do alcool para acetaldeído. O Acetaldeído é rapidamente convertido para acetato através de outras enzimas.
Portanto em vez de ficar armazenado em gordura, o principal destino do álcool é a conversão para acetato, a quantidade de acetato formado é dependente da quantidade de álcool consumido. Por exemplo, os níveis de acetato no sangue após beber vodka foi 2.5 vezes maior do que o normal. E este aumento nos níveis de acetato ocasionam uma “pausa” na perda de gordura.
O tipo de combustível que nosso corpo usa é ditada em certa medida pela disponibilidade. Esta é uma das razões para a indução para as dietas metabólicas. Por limitar severamente os carboidratos em seu corpo o mesmo é forçado a utilizar novamente esta fonte para a produção de energia. Isto é, seu corpo se transformou depois da indução em uma máquina de queimar gordura, onde você foi adaptado a utilizar gorduras e aumentar o uso de proteínas para o desempenho das funções fisiológicas, que antes eram desempenhadas utilizando os carboidratos. Este “choque” sofrido pelo seu organismo faz com que diminua novamente o metabolismo, diminuindo ou parando a perda de peso.
Em outras palavras, seu corpo tende a usar qualquer coisa que você o alimente, e após um tempo ele fica adaptado a ingestão destes macronutrientes. Infelizmente quando o nível de acetato aumenta, seu corpo queima-os preferencialmente, desde que o acetato é basicamente o mesmo produto do beta oxidação de ácidos graxos e glicoses (glucose e piruvato de acetato), mas ele não requer trabalho metabólico para produzi-lo, por isso será utilizado primeiramente e em sua totalidade, e com o rápido aumento das quantidades de álcool dentro do corpo, basicamente ele “puxa” a oxidação da gordura para fora da equação metabólica. Pois o acetato é facilmente formado pelo álcool ele pode ser pior do que ingerir carboidratos na medida em que se afeta o metabolismo. Pois a glicose tem que ser sequenciamente metabolizada através de vários passos para formar o acetato, enquanto o acetato é formado pelo álcool em pouquíssimos passos. O álcool também pode ser considerado parte do caminho entre carboidratos e gorduras, e tem mais calorias do que carboidratos. Por isso as bebidas alcoólicas são baixas em carboidratos, contendo em sua maioria menos de que 100 calorias, apesar de ter somente 2.5 gramas de carboidratos e 0.5 gramas de proteínas. Enquanto os carboidratos e proteínas somente fazem 12 calorias, 12 gramas de álcool compõe as 80 calorias restantes.